quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A espera por dias melhores.

Em pé. China, Marcão, Eli, Luis Florêncio, Merica e Nelson.
Agachados. Bendelack, Carlos Alberto Garcia, Hidalgo, Dario e Edu.
O Nacional Futebol Clube, centenário, detentor do maior número de títulos e de três títulos internacionais, feito que não foi alcançado por nenhum de seus maiores rivais.

Sua fama correu o país, onde se andava, fora do estado, de repente numa roda de amigos quando falávamos que éramos do Amazonas, imediatamente, surgia a pergunta. E o Nacional? Como está? Aquilo era uma massagem no ego de todo nacionalino, até hoje, em qualquer parte do Brasil, ainda perguntam pelo Mais Querido.  

E no interior? Era uma febre que assolava os torcedores dos nossos municípios, quando jogava, nossos ribeirinhos ficavam colados no rádio, aqueles do tempo das válvulas, dos transístores. Os famosos rádios, ABC, Semp, Philips etc, não importa, era a força do Nacional.

Lembro-me que em 1975 fomos com nosso time do bairro participar de um torneio no município do Curarí ou Pacova, o Nacional ia jogar nesse mesmo dia pelo campeonato amazonense, a torcida local deixou o campo para ouvir o jogo, apenas as mulheres ficaram para torcer pelos times local.

A prova incontestável disso tudo, é o que está na história do Clube. Detentor dos maiores públicos do futebol amazonense, assim publicou a revista Placar em suas páginas. 

Até hoje é o maior clube a revelar craques para o futebol amazonense e brasileiro, no amazonas revelou Sérgio Duarte, um dos nossos maiores craques, jogador que jogou em Portugal. Cristiano, outro craque prata da casa, também jogou naquele país europeu, ambos com prestígio internacional, Careca, o nosso João Lúcio, o grande artilheiro, Fernandinho, Hidalgo etc. Revelados de outro estado, vieram para o mais querido, ainda jovens com 18 e 19 anos, Toninho Cerezzo, Paulo Isidoro, Campos, Danival, Ângelo e Jasson, China, Luis Florêncio, alguns alcançaram a seleção brasileira, como Cerezzo, P. Isidoro e Campos.

Ainda tivemos Darío e Edu que apesar de terem vindo quase em final de carreira, brilharam intensamente com a estrela azul no peito.

Nos dias atuais, o Clube, apesar de continuar o maior, tem lutado muito contra uma série de problemas, como. A maior parte da torcida amazonense virou as costas para o futebol amazonense e adotou os clubes do Rio e São Paulo, a imprensa amazonense também faz o mesmo, a Federação Amazonense de Futebol, a TV que transmite o campeonato, não divulga, prefere seu campeonato de peladas, é complicado.

Enfim, tudo isso fez com que o futebol local ficasse a deriva, de pires na mão, dependendo sempre da caridade do governo. 

Deveríamos seguir o exemplo dos paraenses, onde imprensa e torcedores caminham do mesmo lado, quando pegamos pra ler um jornal de lá, o que se vê em suas páginas são em primeiro plano o futebol deles, depois os outros. Isso é dar valor ao que é seu realmente. Palmas pra eles.

Temos um distrito industrial riquíssimo, porém, não contamos com o incentivo necessário e assim contribuir para a melhoria do nosso futebol. Temos fé que um dia isso mude, que as pessoas que vivem na nossa terra, abram os olhos e mudem esse posicionamento.
Até mais...    

Nenhum comentário:

Postar um comentário